Falar de branding é enaltecer a bravura épica de sustentar essências, escalando diariamente a montanha da relevância ao seu ecossistema de marca que te torna alguém digno de “existir” e “prosperar” em um mundo com tantas opções aleatórias.
E falar de branding é embalar todo esse pacote em simbologias que tragam percepção para tanto esforço e nobreza.
Penso que, acima de tudo, somos cativados por símbolos pois (também) somos a natureza, e esta é composta por infinitos fractais dispostos por uma “geometria sagrada” que estrutura símbolos (visuais, aromáticos, auditivos, gustativos e frequenciais) que definem e distinguem funcionalidades, intenções, experiências e sentimentos.
Os filhotes dos animais são fofinhos e bonitinhos por um motivo, o rugido do grande felino é estrondoso como um trovão por um motivo, o cacto é espinhento e rígido por um motivo, a tulipa é colorida, bela, delicada e rara por um motivo, e assim vai…Absolutamente tudo tem uma razão externada por simbologias adequadas, construídas em uma matemática criativa, justificadas por suas FUNCIONALIDADES! E é isso que achamos lindo na natureza!
E por que conosco (e com o branding) seria diferente esse entendimento? Não é! Mas é! Bem verdade que nós adoramos complicar tudo nessa de ser os “diferentões da natureza”, e nosso campo evolutivo deu espaço para o “homo status”, trazendo alegorias inimagináveis para o nosso ego viver abraçado com inseguranças e medos.
Ou seja, nossas simbologias são de ordem social e sentimental, acima de tudo, devendo trazer empoderamentos que alimentem necessidades, e, principalmente, desejos compartilhados! E aí mkt, economia comportamental, psicologia e outras ciências se unem.
Porém, mesmo assim, a racional de que na Mother Nature nada sobra e absolutamente TUDO tem um sentido funcional de ser, segue como norte, afinal, essência e raiz sustentam.
OK! Mas e o branding???
Imaginem que sou um elefante, quero viver como um elefante, quero prosperar como um elefante, mas decido trocar minha tromba por um focinho de urso e meu ruído sonoro por grito de alce. Vai funcionar? Não! Porque o design, a estética e as simbologias não estão alinhadas com o que minha proposta e essência pedem!
Em analogia, as marcas entendendo e alinhando sua “natureza” devem criar suas simbologias em convergência com os significados que deverão diariamente defender suas intenções, promessas, propósitos, crenças, estratégias e, com isso, razões de relevância!
A maçã mordida, o ticar em forma de asa, as três listras, o jacarezinho, e tantos outros símbolos não são o que são pela estética em si, mas representam de maneira ilustrativa exatamente o conjunto complexo de elementos que os enobrecem (e geram valor!).
Guardem o seguinte:
A estética deve ter funcionalidade, que é projetada por um design que irá gerar harmonia ao que aquela marca pede!
Estética –> Funcionalidade –> Design –> Harmonia.
Até a próxima, alquimistas!
Thiago Pomaro