Desde 2018 comecei a pegar um gosto especial pela filosofia, indo de Trismegisto e os clássicos gregos, passando por Espinoza e Schopenhauer, até Bauman com sua modernidade líquida (que eu juro que já está “gasosa”, convenhamos!).
Uma coisa é “dar uma passada” no tema, outra é se dedicar a absorver conceitos. E como não poderia ser diferente, um universo de expansão de consciência se abriu, provocando-me à qualificação do raciocínio e relativização das informações empurradas em nossas orelhas e olhos minuto a minuto!
O mais mágico de tudo, foi perceber rapidamente o quanto absolutamente TODOS os conceitos que pregamos no branding são compatíveis e provenientes de uma mentalidade maior, lógica e transcendental antevista por esses gênios da humanidade.
Por exemplo, eis que um dia estou ouvindo um dos meus podcasts matinais e descubro que a “turma do estoicismo” trabalhava com a concepção de que tudo existente no cosmos possui um papel único e faz parte de uma mesma engrenagem. Portanto, todos nós, homosapiens ou homoaliens, para cumprirmos nossa função existencial com louvor e podermos atingir uma plenitude de felicidade, precisaríamos entender qual o nosso “daimon interior”. Ou seja, se meu ”daimon interior” é ser músico, eu nunca serei tão feliz e contribuirei tanto para a harmonia do cosmos se decidir ser bancário, e assim vai…
Alguma semelhança com o “hype” conceito do PROPÓSITO pregado hoje em dia?
Pior que a ideia parece ÓBVIA ao se olhar o planeta sem “humanóides” (incluo pombas e pets nessa kkk). Afinal, nenhuma pedra tenta ser chuva, e nenhuma lagartixa tenta ser leão! E se tentassem, haveria um caos absoluto! Não à toa a natureza nos acalma, pois ela é harmônica, acolhedora e conectora! Então, por que isso é tão complexo e difícil para nós?
Mesmo trabalhando com branding e ajudando empresas entenderem e viverem seus propósitos, eu ainda não saí desse brainstorm interno, porém, inegavelmente o estoicismo endossa a lição principal desse texto:
Revelar um propósito autêntico é uma tremenda responsabilidade, sendo algo único, precioso e libertador. Por isso, não tenha pressa, não seja protocolar, e quando “chegar lá”, valorize. Mergulhe com sinceridade às entranhas da história do seu negócio e entenda que talentos dão sentido e atendem verdadeiras necessidades no mundo que atuam. Sejam nos momentos mais complicados, ou mais compensadores, o propósito é energia vital que nos direciona em seguir em frente, enaltecendo o passado, injetando motivação no presente e iluminando o futuro. O propósito veste de nobreza nossa atuação, obrigando-nos à excelência operacional, sem desculpas e vitimizações para sermos uma só cultura.
Construir nossa organização envolta de um propósito autêntico pode ser nosso maior acerto, assim como apostar em um propósito ilegítimo pode ser nosso ato derradeiro…
Não se pressione, mas se provoque! Qual o seu ”daimon interior”?
Até a próxima, alquimistas!
Thiago Pomaro