Uma definição madura e simplificada que podemos conceituar para “valores” é: crenças autênticas organizacionais que determinam como agimos, sendo que atuando de tal forma estaremos sempre fortalecendo os talentos da empresa, seu marco distintivo, seu propósito. É o que, de maneira metafórica, podemos minimizar como as regras que definem o “jeitinho de ser nossa casa”.
Todo colaborador deve ser visto e entendido como um “novo morador da nossa casa”, sendo fundamental deixar muito claro quais as crenças que determinam o funcionamento e vivência por ali! A compactação de perfil comportamental valorativo é a barreira número um, e intransponível, para se definir se o profissional tem o perfil, ou não, para ali “habitar”. Mesmo raciocínio devemos usar para todos os demais stakeholders (clientes, fornecedores, parceiros etc.) que se relacionam em nosso ecossistema de marca.
Entretanto, o tema “valores”, por mais que permeie classicamente toda construção de identidade corporativa, notadamente nunca foi tratado com a devida importância por grande parte do empresariado, sendo algo (literalmente) protocolar para compor decorações de quadros nas sedes das organizações!
O que mais nos deparamos são com marcas tratando obrigações genéricas (de seres humanos que se dispõe viver em sociedade) como se fossem valores íntimos, específicos, únicos, que determinariam o modo de ser de suas corporações! Ou seja, “profissionalismo”, “transparência”, “ética”, “qualidade”, “honestidade”, ganham o status de regras distintivas das empresas! Se os valores que credenciam sua marca ser diferente das demais são o “profissionalismo” e a “honestidade”, por exemplo, temos um sério problema de generalização! Pois podemos apostar que TODAS as demais organizações (verdade ou não) têm orgulho de dizer que são profissionais e honestas!
Perceba que os valores devem ser escavados e contextualizados à realidade cultural da empresa, sendo, normalmente, poucos e específicos, traduzindo com simbologia a forma de vivência que exprimi a melhor versão da marca!
Não raro, valores como “status é ser autêntico”, “adequação e criatividade na solução”, “ser macro por meio do olhar individual”, “arquitetura é muito mais do que a foto do produto final”, “nossa terra, nossos produtos, nossa cerveja”, são sugeridos em nossos trabalhos, e bem aceitos pelos nossos clientes, já que traduzem em essência as atitudes que representam a melhor versão destas organizações.
Portanto, por meio das lentes do propósito, é necessário revelar valores que transmitam uma linguagem dinâmica e autêntica. A partir do momento em que isso é feito, os valores não são simplesmente conhecidos por todos os membros da organização, são vividos por eles! E isso que importa na construção de uma cultura organizacional forte e madura, fazendo com que estes valores elevados estabeleçam os princípios de uma marca que influenciam comportamentos e amplificam o propósito da organização.
Exemplificamos funcionalidades primordiais dos valores:
- Ajudar a recrutar e selecionar novos associados;
- Dirigir treinamentos e capacitações para novos empregados;
- Servir de guia para tomadas de decisão;
- Orientar comunicações internas e externas;
- Subsidiar políticas, incentivos e sistemas de recompensa;