Em nosso encontro anterior eu afirmei que “como a vida, a doutrina do branding é curta e simples, entretanto, cheia de segredos e de extrema profundidade e sensibilidade na prática”. Esse é um belo ensejo para puxar a temática do artigo de hoje…
Mas, sem querer transformar esse espaço em uma peregrinação ortodoxa de um Diretor de Branding ranzinza, preciso de um momento informativo, que prometo diluir em provocações filosóficas reflexivas (que é o que interessa para nós nessa coluna)!
Pois bem, muitos aqui já devem ter visto por aí agências e consultorias oferecendo “Projetos de Branding”, inclusive, a minha! Mas o que isso significa? O que é um “Projeto de Branding”?
Bom, não posso responder por todos os agentes dessa ciência que atuam no mercado, afinal, tem gente por aí que até vende branding como se fosse fazer logo, não é mesmo?! Mas isso é ooooutra história…
Entretanto, de forma geral, temos que alinhar as expectativas do uso da palavra “Projeto”, pois irei demonstrar que existem duas conotações distintas que não podem se confundir.
Entendo o branding como uma filosofia de vida aplicada aos negócios, que busca uma constante geração de valor das marcas em seu meio de atuação (seu ecossistema, que passa por colaboradores, parceiros, fornecedores, clientes, sociedade etc.), a ponto de ganharem a maturidade de saberem emanar seus mais nobres talentos em todas suas formas de expressão, criando uma simbiose única entre intenção e promessa com entregáveis e relevância.
Agora, digam-me se isso se parece ou não com um belo e audacioso “Projeto de Vida”!? Não dá para ser pontual, como um mísero “Projeto”, né!?
Porém, obviamente isso depende de uma jornada de autoconhecimento, ou de alinhamento, ou de redescobrimento, ou de reconhecimento. E é nesse momento que as consultorias e agências atuam em “Projetos de Branding”, estruturando, posicionando, reestruturando, reposicionando marcas. Aqui é um momento pontual, que metodologias mergulham na revelação de essências, na organização de mensagens, e na confecção de estratégias e planejamentos que permitam o “recado” ser percebido em seu mais alto nível.
Mas o trabalho está longe de acabar por aí! Posicionar uma marca é padronizar sua mensagem e equalizar sua percepção em todos os seus pontos de contato, e em todos os momentos! Ou seja, cada post de rede social, cada contratação e treinamento, cada atendimento, cada inovação e evolução operacional (e assim vai) é tão ou mais branding do que o “Projeto de Branding”.
A dica já está no “ing” do brandING. “Marqueando” é algo contínuo rumo a perenidade! É um life style de ser você, buscando enaltecer seus talentos e evoluir suas dificuldades.
Tão empolgante quanto incômodo, não acham? Bora!?
Até a próxima, Alquimistas!!!